ANSIEDADE PÓS ISOLAMENTO SOCIAL
Introdução: Em 1813, Augustin-Jacob Landré-Beauvais (1772-1840) alegou que a ansiedade é uma síndrome composta de particularidades emocionais de caráter racional cercada de ações fisiológicas. Já no ano de 1869, George Beard (1839-1883) estabeleceu a definição de neurastenia, que descreve estados emocionais de ansiedade e depressão leves, como: fadiga severa, falta de concentração, dor crônica, insônia e dificuldades sociais. Após os estudos sistemáticos de Segmund Freud (1845-1939), os transtornos de ansiedade ganharam grande importância clínica e várias condições patológicas foram claramente relacionadas a ansiedade. Freud (1886), chamou crise de ansiedade aguda, neurose de ansiedade e expectativa de ansiedade, agora conhecidas como: ataque de pânico, transtorno de pânico e ansiedade generalizada. Definiu também outros transtornos como: transtorno obsessivo-compulsivo, fobias específicas e transtorno do estresse pós-traumático. Atualmente, a ansiedade é uma doença mental que afeta a qualidade de vida da maioria das pessoas. Objetivo: Apresentar o impacto do isolamento social na saúde mental das pessoas em geral. Metodologia: Este estudo foi realizado através de uma revisão bibliográfica de literatura que buscou evidências a cerca do tema escolhido e para isso foram utilizadas as bases de dados indexadas na Biblioteca Virtual do Scientific Electronic Library Online (SCIELO), onde foram encontrados 3 artigos de acordo com o nossos descritores. Em relação aos critérios de inclusão, foram considerados: trabalhos em português, conteúdos completos online e publicados em periódico brasileiro. Assim, foram excluídos os trabalhos que não estavam em português, os que tinham conteúdos resumidos e relatórios técnicos e científicos. Resultados e discussão: De acordo com a Organização Mundial – OMS, no primeiro ano da pandemia de COVID -19, houve um aumento de 25% em âmbito mundial nos casos de ansiedade e depressão. A pandemia do COVID-19 teve uma consequência agressiva na saúde mental e no bem-estar global, simultaneamente provocou inquietude sobre o crescimento da prática suicida. O estresse sem antecedente causado pelo isolamento social, restrições das pessoas em poder trabalhar, sem poder buscar apoio dos entes queridos e sem acesso as suas comunidades, são esclarecimentos cruciais para esse aumento. Também foram apontados como estressantes o medo e se infectar, solidão, sofrimento e morte de entes queridos, luto e preocupações financeiras, são fatores que podem desencadear crises de ansiedade e depressão. Estimativas do estudo mundial Burden of Diseas, aponta que a pandemia atingiu a saúde mental dos jovens, que correm um risco imenso de praticar suicídio e automutilação. Também mostra que mulheres foram afetados mais profundamente do que os homens. Indivíduos com comorbidades pré-existentes como asma, câncer e doenças cardíacas, eram mais propício a desenvolver sintomas de transtornos mentais. Os dados também indicam que pessoas com transtornos mentais pré-existentes tem vulnerabilidade proporcional à infecção de COVID-19 em relação as outras pessoas. Considerações Finais: Diante dos resultados expostos, podemos concluir que a saúde mental das pessoas foi afetada profundamente, desencadeando assim, um aumento em transtornos mentais por conta do isolamento social prolongado, medo de se infectar, frustração e pela falta de informação a cerca da doença.
Palavras-chave: Ansiedade; Isolamento social; Transtornos mentais.
Autor (a):
Maria Elizabeth Andrade dos Santos
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